Nos nossos dias, observa-se que a escola do ensino público ainda segue o modelo de ensino tradicional. A nível do ensino privado, esta tendência também se mantém.
Nas últimas décadas, tem sido desenvolvidos vários modelos de uma escola alternativa. Por exemplo, J. Krishnamurt criou em Inglaterra a escola holística Brockwood Park. Nesta escola cada programa é estabelecido pelo próprio aluno. Não existem notas, não é estimulada a comparação, nem a competição. Para Krishnamurt quem perde o contacto com a natureza desliga-se da humanidade. Por isso, nesta escola a ecologia humana também faz parte do programa. As crianças são estimuladas a cultivar frutas e vegetais, a cuidar dos jardins, e a refletir sobre as questões ambientais locais e mundiais. Em Portugal, a existência de um modelo de educação fechado, em que as crianças não têm oportunidade de explorar todos os seus interesses, faz que com que estas fiquem desmotivadas, assim como os professores. A profissão de professor, está cada mais a perder interesse por parte dos jovens do nosso país. Por esta razão, é muito importante reformular o sistema de educação, de modo a beneficiar tanto os alunos, como os professores. A escola deve oferecer oportunidade às crianças de explorar todos os seus interesses. Portanto, no ensino básico, além das disciplinas que atualmente existem, as crianças devem ter possibilidade de aprender outras disciplinas, como, por exemplo, culinária ou ação social. Como disciplinas obrigatórias, devemos ter a ecologia e o desenvolvimento humano. A educação contemplativa também deve fazer parte dos programas, pois muitos dos problemas de saúde mental, derivam do excesso de pensamentos. Ou seja, as crianças não devem ser só estimuladas a aprender a pensar e a refletir, mas também devem ser ensinadas a parar e a contemplar. A ecologia poderá ensinar os mais pequenos a contemplar a natureza, a desenvolver atividades de jardinagem e agricultura, assim como a refletir sobre as questões ambientais. A disciplina de desenvolvimento humano permitirá às crianças terem contacto com a meditação e ferramentas de coaching, de modo a desenvolverem o seu autoconhecimento, e competências emocionais e sociais. As competências dos professores também devem ser desenvolvidas nesta restruturação do ensino. Estes devem receber formação que os ajude a expressar as suas emoções e a desenvolver uma comunicação mais próxima com os alunos. Muito vezes, estes só recebem feedback dos professores através da avaliação dos testes e dos trabalhos. Os alunos são mais que uma “nota”, é importante que sejam olhados de forma holística, e serem valorizados pelas suas capacidades únicas. Algumas das ideias descritas anteriormente, já estão a aplicadas em algumas escolas em Portugal. Mas para mudarmos realmente o ensino, é necessário que haja uma adesão mais massiva às mesmas. Por último, gostaria de referir, que segundo a UNICEF “negligenciar a saúde mental na infância e adolescência pode impedir as crianças de usufruírem dos seus direitos e atingirem o seu verdadeiro potencial. As perturbações de saúde mental diagnosticáveis afetam cerca de 1 em cada 7 (14 %) das crianças e jovens entre os 6-18 anos de idade no mundo.” Face a estes dados, é importante ganhar consciência que o coaching infantil é uma ferramenta que para além de ajudar as crianças a desenvolver todo o seu potencial, ajudar a prevenir doenças mentais.
0 Comentários
Deixe uma resposta. |
Arquivos
Junho 2024
Categorias |