No tempo de Aristóteles era comummente aceite que o saber vinha de diferentes áreas, não vindo exclusivamente das ciências exatas. Havia espaço para reflexão e autoconhecimento, através da filosofia, astrologia, numerologia, etc. Diria que essas matérias foram perdendo espaço quando o foco começou a ser a aprendizagem das ciências exatas.
O coaching ganhou visibilidade devido aos estudos e resultados na competição desportiva. Então, voltou a dar-se importância à mente. Se é possível treinar-se a mente para a metas desportivas, por que não a treinar também para objetivos profissionais e pessoais? Deste modo, começou a dar-se importância à elevação da consciência, aumento da autoconfiança, e desenvolvimento da responsabilidade individual. Em relação à educação das crianças e jovens faz todo o sentido também ensinar-lhes esse conhecimento. A forma de passar-lhe este conhecimento poderá ser através da escola (via educador coach) ou através de acompanhamento individual (coach na infância). Desenvolvimento da consciência, autoconfiança e responsabilidade A consciência consiste numa reflexão sobre o que se vê, ouve-se e sente-se. Não é uma capacidade inata, mas é possível ser ensinada e desenvolvida. Quanto mais ensinarmos as crianças a desenvolver essa capacidade, mais estas se sentem confortáveis, seguras, e com maior facilidade em autorregular-se. Quanto menos consciência desenvolverem, mais são controladas pelos fatores externos. A autoconfiança deriva por um lado do autoconhecimento. Isso é, da reflexão sobre os nossos pontos fortes e fracos. E, por outro lado, da consciência que as capacidades e os recursos podem ser desenvolvidos. Isso faz, com que se gere a valorização e a confiança, para se ter uma mentalidade positiva e um comportamento em direção aos objetivos. Se as crianças acreditarem em si, também vai acreditar nos colegas, no sistema de ensino e na sociedade em geral. A responsabilidade consiste na capacidade se responder ou tomar decisões sobre si próprio. Está relacionada com a liberdade de escolha, ou seja, perante as várias opções que estão disponíveis na vida, eu faço a minha escolha. A seguir comprometo-me com essa decisão, e a partir daí o meu desempenho deriva desse compromisso. Também é bastante importante ensinarmos as crianças a desenvolver esta capacidade de compromisso, visto que vivemos numa sociedade que propaga a satisfação imediata, em vez do compromisso ao longo do tempo.
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